PODOLOGIA E REFLEXOLOGIA PODAL

Técnica em Podologia
Senac

Tecnóloga em Podologia (cursando)
Anhembi Morumbi

Reflexoterapeuta Podal
IOR (Instituto Osni Tadeu de Reflexologia e Pesquisa).



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" Curar QUANDO possível,

Aliviar QUASE sempre,

Apoiar SEMPRE."


Hipócrates
(460-377 a.C)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DAS LESÕES NO PÉ DIABÉTICO

No diabético, o controle da glicemia é essencial para se evitarem problemas das extremidades, principalmente dos pés

O pé humano é uma estrutura altamente especializada, que dá suporte e locomoção, além de ser importante para a estética. É constituído de delicadas estruturas osteomioligamentares, harmoniosamente balanceadas, visando a uma função complexa. Para isso, conta com uma rede vascular especializada, constituída de artérias, veias e vasos linfáticos, além de nervos.


Os diabéticos, em face da intolerância à glicose causada pela diminuição de insulina circulante, desenvolvem problemas em vários setores do organismo, que são tanto mais graves e precoces quando pior for o controle da hiperglicemia (açúcar alto no sangue). A arterosclerose é muito favorecida pela diabetes e se instala precocemente em indivíduos mal controlados.

O descontrole é a principal causa das complicações do diabetes, que incluem a neuropatia (alteração da função do nervo) a arteriopatia (alteração do fluxo sanguíneo pelas artérias) e a infecção (diminuição da resistência aos micróbios). Portanto, os diabéticos que não controlam sua glicemia adequadamente terão os problemas das extremidades, especialmente dos pés. A frequência é tão grande que se cunhou o termo de "Pé Diabético".

A arteriopatia é geralmente distal, isto é, atinge as artérias abaixo do joelho, ocorrendo também nos capilares (os pequenos vasos da microcirculação); a neuropatia provoca a redução da dor e sensibilidade nos pés, levando o paciente a ignorar dores e até feridas ;e a infecção é o fator que leva, em questão de horas ou dias, à destruição dos tecidos.


O tratamento da vasculopatia inclui o uso de fármacos, que irão dilatar os vasos ou tentar desobstruí-los. Outros produtos agem evitando a coagulação do sangue (anticoagulantes) ou a adesão das plaquetas - células que iniciam a trombose.

Nem sempre o tratamento clínico é suficiente e, às vezes, somos obrigados a lançar mão da cirurgia, através das pontes, como a ponte de safena. Muitas vezes já existe necrose. Neste caso, o cirurgião vascular realizará uma drenagem cirúrgica ou um desbridamento da lesão, retirando a parte do tecido necrosado (morto).

Quando a parte necrosada for extensa (gangrena), o cirurgião deverá realizar uma amputação. Esta solução, extrema, é, às vezes, o único recurso para salvar a vida do paciente, já que a gangrena poderá levar o paciente diabético ao óbito. Melhor que tratar, no entanto, é evitar. Assim, o controle rigoroso da glicemia é essencial. Dessa forma, o acompanhamento do endocrinologista é fundamental para que o controle da doença seja próximo do ideal.


Dr.Edgard de Barras Lima,
Dr. Antonio Carlos Giomette Martins,  
Dr.Carlos Henrique A. Bernardes
Trabalho realizado pelos Serviços de Medicina Hiperbárica e Cirurgia Vascular da Santa Casa de Misericórdia de Santos - SP